
Deputada diz que 15% para professores é inviável e que a greve não traz nada de positivo
- 12 de abril de 2019
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- Redação
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Ariana Clécia, da redação
A deputada e ex-professora Therezinha Ruiz (PSDB), durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa (Aleam), nesta quarta (10), falou sobre a ‘preocupação’ da greve anunciada pelos profissionais da educação que deve iniciar na próxima segunda (15). A categoria reivindica 15% de reajuste salarial, governo quer pagar 3,93%. A parlamentar diz que a greve vai gerar transtornos e não vai trazer nada de positivo.
“Tem que haver diálogo e coerência entre o movimento e o Governo do Estado, a fim de que se chegue a um consenso, para evitar prejuízos aos alunos e transtornos com a reposição das aulas”, defendeu.
A deputada e presidente da comissão de Educação na Aleam, defende que as partes sentem-se à mesa e negociem, avaliando todas as possibilidades, em busca de uma solução razoável e destaca que em janeiro, o Governo cumpriu com a reposição salarial de 9,38% da data-base, que somado ao reajuste proposto chega a mais de 13%.
“Uma posição intransigente não é aconselhável, e todos sabemos que uma paralisação gera transtornos e não traz nada de produtivo”, adverte a deputada, acrescentando que os alunos são os mais prejudicados, por já apresentarem baixo índice de aprovação nas avaliações do ensino.
Outro lado
A professora Gleice Oliveira esclarece que os de 9,38% que o governo diz que foi concessão em janeiro de 2019, na verdade é a última parcela do acordo dos 22,3% alcançados através da greve realizado em 2018,. “Por favor senhores do governo, não agregue uma conquista anterior como se fosse uma concessão feita pelo governo de agora”, comenta.
Gleice comenta ainda sobre o pronunciamento da deputada, dizendo que tem respeito pela mesma como mulher e professora, mas há divergências na argumentação citada pela deputada. “Primeiro em relação ao que ela (deputada) chama de coerência, de fato eu acho que os professores vem pacientemente, respeitosamente e civilizadamente buscando esse consenso. Tanto que a diferença é estupidamente grande 3,93% oferecido pelo governo e os 15% solicitado pela categoria”
A professora sugere que o governo no mínimo deveria oferecer um percentual na média ou a cima da média para que classe converse e negocie. “A proposta é ridiculamente baixa, não tem como encontrar um consenso com 3.93 de percentual de reajuste. A gente sabe que todo movimento grevista é a última arma que os trabalhadores usam para conquistar direitos para não perderem seguidamente o poder aquisitivo do seu salário”.
Oliveira finaliza informando que a categoria está muito disposta e vive pedindo para sentar e negociar, tanto com o governo do estado como do município “Nós apresentamos uma pauta de reivindicações o que falta é ter resposta reais a essas demandas”, conclui.